
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega nesta terça-feira (14) da Itália com a missão de encontrar uma alternativa para a arrecadação do governo após a derrubada da MP (Medida Provisória) alternativa ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pelo congresso nacional.
Além disso, Lula ainda terá que decidir quem vai ocupar a vaga do ministro Luis Roberto Barroso que anunciou a aposentadoria do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (9).
O governo considera retomar o aumento do IOF, O vencimento da MP afeta os planos do governo, que para 2026 previa um aumento de arrecadação em R$ 20 bilhões com ampliação de tributos ligados a investimentos, juros sobre capital próprio e apostas esportivas.
Em recente entrevista a uma rádio local da Bahia, Lula defendeu ampliar impostos sobre fintechs, algo que fazia parte da medida provisória recusada pelo Congresso.
“Vou reunir o governo para discutir como é que a gente vai propor que o sistema financeiro, sobretudo as fintechs — porque tem fintechs maiores do que banco —, que elas paguem o imposto devido a esse país”, afirmou na ocasião.
Nomes cotados para o STF
A aposentadoria antecipada do ministro do Luís Roberto Barroso deu início às tradicionais apostas de quem vai ocupar a desejada vaga no STF. Quatro nomes aparecem como cotados.
O ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já sinalizou interesse, mas é considerado por Lula como uma opção ao Governo de Minas Gerais.
Jorge Messias, advogado-geral da União, é alguém em quem o presidente confia. E tem um perfil bastante técnico para a função.
Wellington César Lima e Silva, jurista, advogado e ex-promotor, também aparece por ser de confiança de Lula. Chegou a ser ministro da Justiça por menos de um mês em 2016. Hoje, é advogado-geral da Petrobras.
Por fim, Vinícius Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União, tem grande ligação com o PT. Além disso, é conhecido por ter formação acadêmica robusta.