
Os negociadores do Brasil à frente da COP30 destacaram nesta quarta-feira (12) o “otimismo cauteloso” mantido pelo país durante as negociações. A conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) que discute as mudanças climáticas começou na segunda (10), em Belém, e se estende até 21 de novembro.
Há na agenda 145 itens que precisam ser discutidos e acordados entre os 194 países — mais a União Europeia — que fazem parte do evento. Alguns temas vieram de COPs anteriores e precisam, obrigatoriamente, ser debatidos.
Outros assuntos foram propostos pela presidência brasileira e enfrentam resistência entre as demais nações. Entre esses itens, está o financiamento de países ricos àqueles em desenvolvimento
As conversas entre as partes têm sido intensas, e o governo brasileiro reconhece que há divergências, embora cite “diálogo que não se via há muito tempo”.
“É um processo muito complexo no qual temos visões muito distantes. O que estamos vendo é um movimento de aproximação, combinando uma posição com a outra”, destacou o diretor de Estratégia e Alinhamento da COP30, Túlio Andrade, em coletiva de imprensa.
O negociador afirmou que é preciso “naturalmente, de mais tempo”. “É um otimismo cauteloso, mas a boa notícia é sobre a mudança de dinâmica que temos tido, especialmente devido a dificuldades geopolíticas. O que estamos vendo agora é um diálogo saudável, que não víamos há muito, muito tempo”, acrescentou.
Está prevista outra declaração à imprensa, ao fim do dia. A expectativa é apresentar avanços nas discussões. “Espero que possamos mostrar que as consultas têm sido extremamente construtivas e interessantes. E voltaremos [para apresentar]”, afirmou o presidente da COP30, André Corrêa do Lago.
Para ele, os diálogos demonstram como “o multilateralismo funciona”.