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Uruguai dá passo histórico e aprova a eutanásia: o direito de escolher quando dizer adeus

Com a nova lei, o país se torna pioneiro na América Latina ao garantir o direito à morte digna para pacientes com doenças incuráveis.

O Uruguai acaba de entrar para a história ao aprovar uma das leis mais sensíveis e debatidas do mundo moderno: a que autoriza a eutanásia. A decisão, tomada pelo Senado nesta semana, transforma o país no primeiro da América Latina a reconhecer, por lei, o direito de uma pessoa encerrar sua vida de forma digna, quando o sofrimento se torna insuportável e sem possibilidade de cura.

O texto, aprovado por 20 dos 31 senadores, permite que adultos plenamente conscientes solicitem a eutanásia em casos de doenças incuráveis ou irreversíveis, ou ainda quando o sofrimento físico ou psicológico se torna intolerável. O pedido precisa passar por avaliação médica e psicológica, garantindo que a decisão seja livre, consciente e sem influência externa.

A prática será realizada por profissionais de saúde, diferindo do suicídio assistido — em que o próprio paciente administra o agente letal. Menores de idade ficam fora da autorização.

A aprovação representa mais do que uma mudança de lei: é um avanço civilizatório em um tema que mistura ética, religião, ciência e humanidade. Para muitos, o Uruguai reafirma sua tradição progressista, como já fez antes com a legalização da maconha e o casamento igualitário.

Por outro lado, setores contrários à proposta lembram que ainda é preciso fortalecer os cuidados paliativos e o suporte emocional aos pacientes terminais, temendo que a eutanásia se torne um atalho para problemas que deveriam ser enfrentados com mais empatia e recursos médicos.

Enquanto o governo prepara a regulamentação da norma, o debate sobre a “morte digna” ganha fôlego em toda a região. O Uruguai, mais uma vez, lança luz sobre um tema que poucos países têm coragem de encarar: a liberdade de decidir quando o sofrimento deve chegar ao fim.

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