
A nota oficial do governo brasileiro sobre o telefonema entre o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na manhã da última segunda-feira (6), cita que os dois chefes de Estado trocaram telefones para “estabelecer via direta de comunicação”.
A iniciativa partiu de Lula Em entrevista exclusiva à TV Mirante, o petita afirmou que ele e Trump trocaram telefones pessoais, e que os dois “não precisam de intermediário para fazer coisas boas para o Brasil e para os Estados Unidos”.
A diplomacia segue um protocolo de tratativas para que uma ligação oficial entre dois chefes de Estado aconteça.
A ideia de Lula de os dois trocarem um contato mais direto – menos protocolar e com menos formalidade – faz parte da tentativa de construção de um novo capítulo na relação dos dois líderes, que estavam em crise há meses.
No entanto, é praxe que até um contato mais informal entre presidentes de países, como proposto pelo petista, seja via assessores próximos.
O presidente do Brasil não tem um celular particular. O contato que ele passou para Donald Trump foi o do embaixador Fernando Igreja, chefe do cerimonial do Palácio do Planalto.
Interlocutores de Lula afirmam que o telefone disponibilizado por Trump também foi o de um assessor muito próximo ao presidente norte-americano.
Como um auxiliar do presidente Lula destacou, chefes de Estado não devem “carregar celular no bolso”, até por segurança.
No Brasil, é comum que contatos desse tipo ocorram com ligações feitas a partir de telefones de assessores pessoais ou ajudantes de ordem, que acompanham o dia a dia do presidente e, entre outras atribuições, atendem ou efetuam ligações e passam o aparelho para o presidente.
Além disso, em termos práticos, para que Lula e Trump dialoguem, ambos precisam da presença de um assessor que traduza a conversa, um intérprete, já que nem Lula fala inglês, e nem Trump português.