
O governo federal anunciou, nessa sexta-feira (10), um novo modelo de crédito imobiliário que promete destravar o mercado e ampliar o acesso à casa própria. A iniciativa, aprovada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e pelo Banco Central, deve liberar cerca de R$ 111 bilhões em financiamentos no primeiro ano de vigência, a partir de 2027.
O novo modelo muda a forma como os bancos utilizam os recursos da poupança para conceder empréstimos imobiliários, Hoje, 65% dos depósitos precisam ser destinados ao crédito habitacional.
Com as novas regras esse percentual chegará gradualmente a 100%, sendo que 80% deverão ser obrigatoriamente voltados para imóveis dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação).
O teto de valor dos imóveis financiados pelo SFH também será reajustado, passando de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, o que vai permitir o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para abater parte do valor, pagar parcelas ou quitar o empréstimo.
“Um avanço realmente consistente do financiamento imobiliário, como proporção do PIB, depende de juros reais mais baixos, condição que não deve se materializar em 2026”. Viana recomenda cautela e alerta para projeções excessivamente otimistas.