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Ostentação de políticos, população pobre e redes bloqueadas: entenda a fúria da ‘Geração Z’ que levou o Nepal ao caos

Nepal presenciou, entre segunda-feira (8) e terça-feira (9), uma fulminante revolta da “Geração Z” contra o governo, motivada pelo contraste entre a ostentação de políticos e a pobreza da população. O bloqueio de redes sociais foi visto como a gota d’água para uma revolta sem precedentes no país.

Contexto: A onda de protestos que mergulhou o país no caos e gerou imagens históricas na capital, Katmandu. Durante as manifestações, prédios governamentais e casas de ministros foram incendiados. Em cenas brutais, autoridades do governo foram arrastadas pela multidão e agredidas.

💸 A desigualdade social é um dos principais pontos de descontentamento dos jovens nepaleses que levaram milhares de pessoas às ruas. Segundo o Banco Mundial, os 10% mais ricos ganham mais de três vezes a renda dos 40% mais pobres do país.

  • Um em cada cinco nepaleses vive na pobreza. Além disso, 22% dos jovens entre 15 e 24 anos estão desempregados. O Nepal está na lista da ONU de 44 países menos desenvolvidos do mundo.
  • Gaurav Nepune, um dos líderes dos protestos, disse que os jovens vinham conduzindo uma campanha online havia três meses para expor o contraste entre a vida dos políticos e a das pessoas comuns.
  • Usuários passaram a criticar a elite nepalesa publicando fotos de filhos de políticos ostentando luxo, enquanto jovens de famílias pobres precisam deixar o país para sustentar seus parentes.
  • Em meio a isso, escândalos de corrupção beneficiaram políticos. A impunidade alimentou ainda mais a revolta da população.

👉 Força da juventude: As manifestações foram fortemente organizadas por jovens da “Geração Z”. Esse é o nome popular dado às pessoas nascidas entre 1995 e 2009, com algo entre 16 e 30 anos.

  • É a primeira geração considerada nativa digital, já que cresceu em meio à internet, smartphones e redes sociais.
  • Por isso, esse grupo costuma ser descrito como mais conectado, crítico e engajado em debates sobre diversidade, sustentabilidade e política, além de ter hábitos de consumo e comunicação moldados pelo ambiente digital.

Fonte G1

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