
Parlamentares de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva convocaram manifestações pró-anistia para este domingo (7), Dia da Independência do Brasil, em resposta ao tradicional desfile cívico-militar, que ocorre com a presença do petista.
Enquanto a gestão de Lula tenta desassociar a camisa verde e amarela da direita, opositores articulam apoio popular em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal).
Neste domingo, apoiadores do ex-presidente estarão no estacionamento Ibero-Americano, em frente à Torre de TV, área central de Brasília (DF).
A Secretaria de Segurança Pública do DF montou um esquema para evitar que o grupo encontre apoiadores de Lula que forem ao desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios. A distância entre as duas manifestações é de cerca de 2km.
Flávio Bolsonaro, aliás, usou as redes sociais na sexta-feira (5) para convocar bolsonaristas a irem às ruas em prol do perdão ao ex-presidente. “Vem com a gente mais uma vez, para mostrar que nós, povo de bem deste país, votamos para absolver Bolsonaro e exigimos poder votar nele novamente para presidente em 2026″, afirmou.
Na descrição da postagem, o parlamentar escreveu: “Esse 7 de Setembro não será só o Dia da Independência, será também o Dia de Resgate do Brasil. Vamos para as ruas para mostrar para Brasília, mostrar para a política, qual é o verdadeiro desejo do povo brasileiro”.
Entre os atos convocados por apoiadores de Bolsonaro, está o de Recife (PE), que deve ocorrer na Avenida Boa Viagem, a partir das 14h. E em Teresina (PI), bolsonaristas se programam para a concentração, às 16h, na Ponte Estaiada.
Anistia
Enquanto o STF avança com o julgamento sobre tentativa de golpe de Estado, a oposição no Congresso Nacional, aliada a Bolsonaro, tem atuado nos bastidores para conseguir pautar uma anistia geral.
A ideia é ir além dos presos pelos atos extremistas do 8 de Janeiro. O texto beneficiaria o próprio ex-presidente e investigados pelo STF no inquérito das fake news.
O movimento foi intensificado com a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em paralelo ao julgamento, e se tornou o assunto de destaque entre líderes partidários na Câmara dos Deputados.
As investidas do PL, partido de Bolsonaro, são voltadas a pautar o texto o mais rápido possível, mas o indicativo é de que as próximas etapas avancem apenas após o fim do julgamento no STF.
As negociações ganharam apoio de partidos do centro, como Republicanos, União Brasil e PP. Os dois últimos desembarcaram do governo de Lula nesta semana e pressionaram os quatro ministros filiados a deixarem os cargos, gesto que evidencia alinhamento à oposição e prioridade às eleições de 2026.
Fonte R7