A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou, na segunda-feira (4), a maior apreensão de ouro de sua história. A corporação interceptou uma caminhonete que transportava 103 quilos de ouro em barras, avaliados em mais de R$ 61 milhões, no estado de Roraima.
O motorista do veículo foi identificado como Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, empresário natural de Rondônia. No momento da abordagem, ele estava acompanhado da esposa, de 32 anos, e de uma bebê de colo, supostamente filha do casal.
Segundo informações da PRF, a carga partiu de Rondônia e teria como destino a Venezuela ou a Guiana, o que reforça a suspeita de uma rota internacional de escoamento de ouro extraído ilegalmente da Amazônia brasileira.
Defesa nega envolvimento com crime organizado
A defesa de Bruno Mendes se manifestou por meio do advogado Smiller Rodrigues de Carvalho, afirmando que o empresário é um “cidadão primário, de bons antecedentes, pai de uma criança de 9 meses e único responsável pelo sustento da família, que vive em situação de vulnerabilidade social”.
De acordo com o advogado, Bruno atua no setor de mineração, o qual, segundo ele, sofre com “tensões regulatórias”. A nota enviada à imprensa argumenta que o problema estaria na ausência de documentação regularizada, e não na atividade mineradora em si. “A ausência de regularização documental é que transforma a atividade em infração administrativa ou penal, e não o garimpo em si, que é uma realidade histórica e socialmente enraizada em muitas regiões do Brasil”, afirmou Carvalho.
A defesa também negou qualquer ligação de Bruno com organizações criminosas e reforçou que ele não representa ameaça à ordem pública. “Rechaçamos qualquer tentativa de criminalizar pessoas humildes que, embora atuem em setores economicamente marginalizados, não possuem envolvimento com atividades criminosas”, completou o advogado.
A investigação sobre a origem do ouro e o destino final da carga continua em andamento.
Fonte: ND+
