loader-image
Maravilha, BR
temperature icon 17°C
nublado

Difusora Maravilha 90,3

STF dá início aos interrogatórios dos principais réus da trama golpista

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta segunda-feira (9), às 14h, os interrogatórios dos réus do chamado núcleo 1 da trama golpista investigada durante o governo de Jair Bolsonaro. Os depoimentos ocorrerão até sexta-feira (13), na sala da Primeira Turma da Corte, com transmissão ao vivo pela TV Justiça.

O relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes, será responsável por ouvir presencialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto e mais seis réus acusados de integrar o núcleo crucial de um esquema para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após as eleições de 2022.

A programação do primeiro dia prevê o depoimento do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator das investigações. Nos dias seguintes, os demais réus serão interrogados por ordem alfabética a partir das 9h.

Durante as oitivas, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados de defesa poderão formular perguntas aos acusados. O general Braga Netto será o único réu a depor por videoconferência, já que está preso desde dezembro de 2024, acusado de obstruir as investigações e tentar obter detalhes da delação de Mauro Cid.

Confira a ordem dos interrogatórios:

  • Mauro Cid (delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)
  • Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin)
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal)
  • Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
  • Jair Bolsonaro (ex-presidente da República)
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  • Walter Braga Netto (general da reserva)

Os réus respondem por crimes graves como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio público tombado.

Os interrogatórios representam uma das etapas finais da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que definirá a condenação ou absolvição dos réus ocorra no segundo semestre deste ano. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Em respeito à Constituição, os acusados têm o direito de permanecer em silêncio e não responder perguntas que possam incriminá-los durante os depoimentos.

Mais Notícias

Compartilhe