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Ministro do Trabalho critica jornada 6×1

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou no sábado (10) que a jornada de trabalho no formato 6×1 — seis dias trabalhados para um de folga — é “cruel”, especialmente para as mulheres. Apesar disso, ele descartou o fim imediato dessa escala e defendeu um debate amplo e responsável sobre a redução da carga horária no país.

Durante visita à Feira Nacional da Reforma Agrária, promovida pelo MST no Parque da Água Branca, em São Paulo, Marinho declarou que é possível reduzir a jornada semanal para 40 horas sem diminuição salarial. Segundo ele, essa proposta pode ser aprovada no Congresso Nacional, desde que seja conduzida com tranquilidade e sem assustar o empresariado.

“É preciso olhar isso por todos os aspectos. O 6×1 é uma jornada cruel. Seria muito positivo acabar com ela, mas isso precisa ser construído gradualmente”, disse o ministro. Ele também ressaltou que condições adequadas de trabalho têm impacto direto na saúde, produtividade e qualidade de vida dos brasileiros. “Queremos um país saudável, um povo feliz, com salário decente e emprego digno para todos”, afirmou.

Fraudes contra aposentados

Marinho também comentou o esquema de descontos não autorizados aplicados em benefícios de aposentados e pensionistas para favorecer sindicatos e associações. Ele garantiu que todos os prejudicados serão ressarcidos.

“O problema surgiu em 2019 e o governo anterior não investigou. Nós iniciamos a apuração, vamos enquadrar os responsáveis e punir. Os aposentados terão cada centavo devolvido”, declarou o ministro.

Feira do MST celebra agricultura familiar

A visita de Marinho à quinta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária teve como objetivo reconhecer a importância dos assentamentos e da agricultura familiar na produção de alimentos no Brasil.

“A agricultura é um grande ativo do povo brasileiro. O agronegócio tem seu espaço, mas é a agricultura familiar que coloca comida na mesa da população”, destacou o ministro.

De acordo com João Paulo Rodrigues, da Coordenação Nacional do MST, a feira reúne mais de 1.850 itens, incluindo 500 toneladas de alimentos, 15 mil mudas de árvores e cerca de 500 kg de sementes e hortaliças. “Essa diversidade só se encontra aqui. Queremos mostrar que é possível produzir alimentos saudáveis, com preço justo tanto para quem produz quanto para quem consome”, afirmou.

Ministra das Mulheres participa da feira

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, também esteve presente no evento. Ela elogiou o MST e destacou a importância de políticas públicas que incluam as mulheres nas decisões.

“Vamos reencontrar as mulheres camponesas e agricultoras familiares. O presidente Lula me pediu que as políticas cheguem até elas”, declarou a ministra. Lopes também sinalizou continuidade na agenda da sua antecessora, Cida Gonçalves, com possíveis ajustes na estrutura do ministério. “Não vamos começar do zero. Vamos valorizar a equipe que está lá e acredita no que faz”, concluiu.

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