
A morte do Papa Francisco, ocorrida na madrugada de segunda-feira (21), marca o fim de uma era para a Igreja Católica e dá início ao tradicional e complexo processo de escolha de seu sucessor. Conforme determina o protocolo do Vaticano, o conclave — assembleia que reúne cardeais de todo o mundo para eleger um novo Papa — será iniciado oficialmente entre o 15º e o 20º dia após o falecimento do Pontífice.
O processo será conduzido pelo Colégio Cardinalício, responsável por eleger o novo líder da Igreja entre os cardeais com menos de 80 anos. A escolha envolverá nomes de diferentes correntes dentro do catolicismo, incluindo perfis progressistas, conservadores e os chamados “bergoglianos”, alinhados às ideias e à linha pastoral de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco.
Entre os nomes cotados para a sucessão, destaca-se o cardeal italiano Pietro Parolin. Ordenado sacerdote em 1980, Parolin é considerado um articulador político influente e discreto no Vaticano. Formado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana, ele é fluente em italiano, inglês, francês e espanhol — característica que reforça seu perfil diplomático e internacional.
Apesar da presença de cardeais brasileiros entre os eleitores e possíveis candidatos, especialistas consideram pouco provável que o próximo Papa seja oriundo do Brasil ou da América Latina. A sucessão tende a seguir dinâmicas geopolíticas e eclesiais que favorecem, tradicionalmente, nomes europeus.
O mundo católico agora volta os olhos para Roma, onde se concentrarão as próximas etapas desse momento decisivo para os rumos da Igreja.