Na manhã desta quarta-feira (16), três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A ação faz parte do desdobramento da Operação Sodalitas Finis, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar.
A operação tem como objetivo desarticular uma das maiores organizações criminosas em atividade no estado, com atuação registrada em Chapecó, municípios da região e outras localidades catarinenses. O nome Sodalitas Finis, que em latim significa “o fim do grupo”, remete ao propósito da força-tarefa: pôr fim às atividades ilícitas da quadrilha.
Condenações e penas somam mais de 600 anos
A primeira fase da operação, realizada em 2023, resultou na condenação de 61 pessoas envolvidas com o grupo criminoso. As penas variam de três a 21 anos de reclusão e, somadas, ultrapassam 643 anos. Os condenados também deverão pagar aproximadamente R$ 2,8 milhões em multas e reparações.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o grupo investigado tem origem em Xaxim, no Oeste do estado, e estaria envolvido em crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, homicídios e roubos.
Avanço da operação
Até o momento, a operação Sodalitas Finis resultou na prisão de 172 pessoas, distribuídas entre as quatro fases já executadas — sendo a última deflagrada em fevereiro de 2025, quando mais de 38 prisões foram efetuadas em municípios de Santa Catarina e do Paraná. Na ocasião, cerca de 423 agentes participaram da ofensiva.
Além das prisões, foram apreendidas armas de fogo, munições, uma quantia superior a R$ 600 mil em espécie e grande volume de entorpecentes, incluindo cocaína, maconha e crack.
Com a continuidade das diligências nesta quarta-feira, o Gaeco busca avançar nas investigações e fortalecer o combate ao crime organizado no estado.
Fonte: ND+