O Programa Direto ao Ponto, deste sábado (5), recebeu o deputado estadual Fabiano da Luz (PT), que faz parte da Bancada do Oeste, na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Durante a entrevista, ele destacou a necessidade de fortalecer a comunicação do governo federal para enfrentar a desinformação propagada pela extrema-direita no país. Ainda argumentou que muitas medidas positivas da gestão Lula não são devidamente compreendidas pela população devido à atuação de opositores e falhas na divulgação oficial.
Da Luz citou como exemplo a polêmica em torno da fiscalização do Pix. Segundo ele, o governo tentou aumentar o limite de fiscalização de R$ 2.500 para R$ 5.000, beneficiando a população, mas acabou recuando após ataques da oposição. “O governo precisa melhorar a comunicação para mostrar o que realmente está sendo feito”, ressaltou.
O deputado também enfatizou o avanço econômico do país sob a liderança do presidente Lula, mencionando a ascensão do Brasil da 12ª para a 7ª maior economia mundial e a recente parceria com o Japão para a venda de jatos da Embraer, avaliada em R$ 10 bilhões. Ele destacou ainda que medidas para reduzir o custo da cesta básica já foram anunciadas pelo governo federal, mas não foram implementadas no Estado. “O governador Jorginho Mello prometeu zerar o ICMS dos produtos essenciais, mas até agora não enviou o projeto para a Assembleia Legislativa”, criticou.
Além de defender o governo federal, ele comentou o cenário político catarinense, apontando a disputa interna da direita entre o governador Jorginho Mello (PL) e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Para ele, a esquerda precisa se organizar para as eleições de 2026, com Décio Lima (PT) despontando como principal nome da sigla no Estado.
Deputado explica alta nos preços dos alimentos e isenção de impostos
Ainda durante a entrevista o parlamentar esclareceu os motivos do aumento nos preços de itens como café e ovo, hoje sendo uma das reclamações do povo brasileiro pela alta no preço. Fabiano reforçou que a variação de mercado e fatores externos influenciam diretamente nos valores dos produtos.
Segundo ele, a gripe aviária nos Estados Unidos reduziu a produção de ovos no país, aumentando a demanda pela importação do produto brasileiro. Com isso, os produtores nacionais passaram a exportar mais, reduzindo a oferta interna e elevando os preços nas prateleiras. “Se antes o produtor vendia por R$ 0,50, agora ele consegue vender a R$ 1 para os EUA, dobrando seu lucro e diminuindo a oferta no Brasil”, explicou.
O deputado também mencionou a alta do café, citando casos de especulação no mercado, como o armazenamento de grandes quantidades do grão para provocar escassez e aumentar os preços. Além disso, destacou que a queda na produção em outros países impulsionou a exportação do café brasileiro, reduzindo a disponibilidade no mercado interno e encarecendo o produto.
Ainda prestando esclarecimentos, Da Luz reforçou que os preços dos alimentos são regulados pelo mercado e não pelo governo, e criticou estados que ainda não aderiram à isenção de impostos sobre itens da cesta básica, uma medida anunciada pelo governo federal para reduzir custos ao consumidor.
