Apesar da tensão global provocada pela nova rodada de tarifas de importação anunciadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os mercados brasileiros reagiram com mais estabilidade do que o esperado. O dólar comercial fechou a R$ 5,629 na quinta-feira (3), com queda de 1,23%, registrando a menor cotação em quase seis meses.
Durante a sessão, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 5,59, mas voltou a subir levemente após uma recuperação no exterior e a ação de investidores aproveitando o preço mais baixo para comprar dólares. No acumulado de 2025, a divisa já apresenta queda de 8,91%.
Bolsa brasileira resiste à turbulência internacional
No mercado de ações, o Ibovespa – principal índice da B3 – também surpreendeu e terminou o dia praticamente estável, com recuo de apenas 0,04%, aos 131.141 pontos. O índice chegou a oscilar bastante ao longo do dia, refletindo o comportamento volátil dos mercados globais.
Enquanto isso, as bolsas internacionais enfrentaram um verdadeiro tombo. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 3,98%, o S&P 500 recuou 4,84% e o Nasdaq, que concentra empresas de tecnologia, despencou 5,97%. Os investidores demonstraram preocupação com os possíveis impactos negativos das novas tarifas para as empresas norte-americanas.
Novas tarifas afetam o comércio global
O pacote tarifário anunciado por Trump impõe sobretaxas de 10% sobre produtos da América Latina, 20% para produtos europeus e 30% para asiáticos, em média. A medida gerou instabilidade nos mercados, mas a avaliação de que os produtos latino-americanos foram menos afetados do que o previsto atraiu investidores aos mercados emergentes, valorizando moedas como o real brasileiro.
O euro comercial, por sua vez, subiu 0,35% e fechou cotado a R$ 6,20.
*Com informações da Agência Brasil