A Polícia Civil investiga Carlos Alberto Souza, pai de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, como um dos suspeitos de morte de adolescente em Cajamar, na Grande São Paulo. Ela foi encontrada morta em 5 de fevereiro com sinais de tortura. Segundo a polícia, Carlos Alberto apresentou contradições em seu depoimento e teve um “comportamento estranho”, como pedir um terreno ao prefeito da cidade logo após a confirmação da morte da filha. Sua defesa, representada pelo advogado Fabio Costa, classificou a suspeita como “absurda”.
Vitória saiu do shopping onde trabalhava, na madrugada de 27 de fevereiro. Câmeras de segurança mostram um jovem caminhando até o ponto de ônibus e relatando uma amiga que temia estar sendo perseguida. Testemunhas afirmaram que ela foi seguida por um carro com quatro rapazes. Uma semana depois, seu corpo foi encontrado nu, degolado e com a cabeça raspada em uma área de mata.
O suspeito Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, foi preso após ser abordado pela Polícia Civil enquanto andava de moto. Um fio de cabelo encontrado em seu veículo, um Toyota Corolla prata que completou Vitória, é comparado com amostras de DNA no IML. Além disso, o álibi de Maicol foi contradito pela esposa, que disse estar na casa da mãe na noite do crime.
A prisão temporária de Maicol foi decretada por 30 dias, enquanto o pedido de prisão do ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinícius Moraes, foi negado mesmo após a polícia apontar inconsistências em seu depoimento.
O prefeito de Cajamar, Kauãn Berto, decretou três dias de luto oficial em memória de Vitória, lamentando a perda irreparável para a família e a comunidade.
