Medida pode afetar exportações e gerar desemprego no setor siderúrgico, diz Cleonor Mahl Reco
A recente taxação de 25% sobre importações de aço e alumínio anunciada pelos Estados Unidos gerou incertezas no setor siderúrgico brasileiro. Em entrevista ao Grupo WH Comunicações, Cleonor Mahl, presidente do Sinduscom Extremo Oeste, afirmou que o impacto da medida ainda é incerto, mas pode levar à redução da produção e até ao fechamento de siderúrgicas, causando desemprego.
O Brasil exportou mais de 4 milhões de toneladas de aço para os EUA em 2024, sendo um dos principais fornecedores do mercado norte-americano. Entretanto, Mahl explica que ainda não há informações detalhadas sobre o volume de vergalhão, tipo de aço usado na construção civil, que pode ser afetado pela medida.
Possíveis impactos no mercado interno
Segundo o engenheiro, há duas possibilidades: queda no preço do aço, devido ao aumento da oferta no mercado interno, ou alta nos custos, caso as siderúrgicas elevem os valores para compensar as perdas com a exportação reduzida.
Outro efeito pode ser a entrada de novos fornecedores internacionais, como a Turquia, que poderiam suprir a demanda do setor da construção civil no Brasil.
Incerteza sobre as decisões dos EUA
Mahl também destacou que a situação gera apreensão, pois o presidente Donald Trump, já anunciou mudanças tributárias e recuou posteriormente, criando instabilidade no mercado.
“O cenário ainda é uma incógnita. Precisamos aguardar para entender os desdobramentos e as reais consequências para o setor”, concluiu o presidente do Sinduscom.
