A Câmara dos Deputados aprovou, na quinta-feira (19), o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um novo limite para os gastos públicos nos próximos anos. Apesar do apoio do Governo Lula, a proposta gerou um cenário inusitado ao unir duas forças políticas opostas: o PL, principal sigla da direita, e o PSOL, alinhado à esquerda, que votaram contra a medida.
O objetivo da PEC, segundo o governo, é promover o equilíbrio fiscal e garantir maior previsibilidade orçamentária para o país. A medida estabelece limites anuais para os gastos públicos, buscando conter o crescimento da dívida pública e criar um ambiente econômico mais estável.
No entanto, a proposta gerou divergências. O PL argumenta que o texto pode sufocar investimentos e prejudicar áreas estratégicas, como infraestrutura e segurança pública. Já o PSOL critica os possíveis impactos sociais da medida, temendo cortes em áreas essenciais como saúde e educação.
Com 372 votos favoráveis e 108 contrários, a PEC avançou para o segundo turno de votação, previsto para os próximos dias. O governo trabalha para consolidar o apoio necessário, enquanto a oposição, tanto à direita quanto à esquerda, promete intensificar as críticas e buscar alternativas ao texto atual.
A aprovação da PEC é vista como uma vitória importante para o governo, mas a reação unificada de partidos de campos ideológicos distintos reforça o desafio político de construir consensos em torno de medidas fiscais consideradas fundamentais.
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